O gerenciamento de risco na gestão de frotas é a prática de identificar problemas que podem tornar uma operação de frota não conforme ou insegura e, com isso, agir proativamente para fazer melhorias e minimizar os riscos detectados, especialmente no que envolve veículos, motoristas e operação.
Na gestão de frota, o gerenciamento de risco é essencial para, entre outras coisas, evitar multas, danos patrimoniais, litígios, acidentes e outros problemas que afetem a segurança dos colaboradores, clientes, cargas, veículos, etc.
Com isso, administrar uma frota de veículos é também gerenciar riscos diariamente. Mas, além dos problemas já citados, esse trabalho também pode contribuir para solucionar outros gargalos, como diminuir custos diretos (como de manutenção corretiva) e custos ocultos (como os de produtividade reduzida por veículos fora das condições ideais).
A seguir, compreenda mais sobre a importância e veja dicas de como fazer o gerenciamento de risco em sua gestão de frotas.
Gerenciamento de risco: 8 dicas de como fazer na sua gestão de frotas
Em última instância, cada nova viagem e cada entrega representam riscos. Mas é possível reduzi-los ou evitá-los. Veja algumas boas práticas para isso:
1. Faça um plano de gerenciamento de risco
Os veículos usados nos negócios, os motoristas e as operações da empresa devem ser gerenciados com base em regras e definições preestabelecidas e documentadas. Esses documentos devem delimitar responsabilidades; rotinas; tarefas e processos, enquanto emprega recursos eficazes de monitoramento e análise.
A criação de um plano de gerenciamento de risco de frota é fundamental para operar uma frota segura e eficiente, levando em consideração os riscos físicos e regulatórios para as frotas e definindo ações para lidar com tais riscos. Esses podem incluir, por exemplo, acidentes, roubos e extravios de carga, veículos defasados, comportamentos inapropriados dos condutores e outros.
Assim, depois de identificá-los, o plano deve contemplar ações para responder a esses riscos (como renovar frota, utilizar tecnologias de videomonitoramento, terceirizar a frota, etc.). Então, o gestor deverá compartilhar tais disposições, educar a equipe e monitorar resultados, promovendo melhorias no controle de riscos.
Para parte desse trabalho, algumas empresas trabalham em colaboração com suas corretoras de seguros.
2. Tenha políticas de compliance e conhecimento atualizado sobre legislação do setor
Em linhas gerais, compliance é o conjunto de ações da empresa para que essa mantenha-se em conformidade com leis e normas.
Para o gerenciamento de risco na gestão de frotas, é fundamental garantir também que sua frota acompanhe e cumpra todas as regulamentações pertinentes. Isso ajudará a evitar riscos de multas, apreensão de carga e outros problemas na operação do negócio.
Diante disso, para fazer o gerenciamento de risco, o gestor de frota deve conhecer ao menos as diretrizes legais básicas aplicáveis ao negócio. Contar com apoio jurídico especializado pode ajudar a evitar problemas, visto que há mudanças e novas normativas entrando em vigor constantemente.
3. Contrate seguro
Por vezes, pensando na economia mais imediata, opta-se por não contratar ou renovar seguro. Em caso de sinistro, essa decisão poderá custar muito à empresa. O seguro ajuda a resguardar seu patrimônio nessas situações, minimizando perdas e evitando grandes dores de cabeça na operação e no gerenciamento de risco.
4. Trabalhe com os veículos certos para sua operação
Outra maneira de manter os motoristas e seu negócio seguros é ter em sua frota os veículos certos. É importante pensar se os veículos atuais permitem que os condutores executem seu trabalho adequadamente, se eles oferecem opções de segurança apropriadas, se estão alinhados realmente à sua operação, etc.
Um veículo utilizado com sobrecarga ou com desempenho diferente da necessidade pode fornecer riscos consideráveis e isso, portanto, deve ser uma das prioridades no gerenciamento de risco na gestão de frotas.
Uma das soluções para sempre ter o veículo ideal para cada escopo de trabalho é terceirizar a frota, passando a contar com veículos atualizados, seguros e em conformidade com a legislação.
5. Utilize um software de gestão de frotas a favor do gerenciamento de risco
O software de gestão de frota também pode desempenhar um papel importante no gerenciamento de risco, pois esse pode integrar dados de sistemas de rastreamento, tornando possível gerar análises detalhadas e prescritivas para minimizar riscos.
6. Ofereça treinamentos constantes para os motoristas
Motoristas qualificados e bem-treinados não só ajudam a diminuir custos como também reduzem o risco de acidentes e outros problemas na operação da empresa. Por isso, oferecer uma matriz de treinamentos completa e em constante atualização é uma ação central para o gerenciamento de risco na gestão de frotas.
7. Avalie utilizar a telemática integrada
No passado, os gestores não tinham praticamente visibilidade sobre como era o comportamento do motorista na estrada. As avaliações de desempenho, geralmente, vinham na forma de multas e atrasos nas entregas, por exemplo.
Mas, hoje, na Era Digital, é muito mais fácil monitorar o desempenho do motorista com o uso de sistemas telemáticos de bordo. A telemática pode fornecer muitos dados sobre os hábitos de risco da equipe, por exemplo, de frenagem brusca. Os motoristas também podem acessar essas métricas, o que os ajuda a compreender seus padrões de direção e porque são arriscados. Ainda, essa é uma fonte valiosa de insights para treinamentos.
8. Tenha a manutenção como prioridade
Outro ponto-chave para o gerenciamento de risco é a manutenção dos veículos. Deixar para repará-los apenas quando apresentarem falha pode elevar os riscos e os custos para a empresa.
Ao invés disso, adotar um plano de manutenção completo, incluindo ações preventivas e prescritivas é essencial para ter veículos com condições seguras de uso e evitar riscos em sua utilização.
Para mais dicas sobre como fazer o gerenciamento de risco na gestão de frotas, continue acompanhando o blog da Maestro Frotas. Até a próxima.