É bastante comum em postos de combustíveis que, ao encher o tanque, mesmo após a bomba ter desligado, o frentista adicione um pouco mais de combustível para arredondar o preço. Entretanto, se já estiver cheio, especialistas dizem que não se deve continuar a adicionar gasolina, etanol ou diesel para completar o tanque.
Essa prática provoca efeitos negativos no veículo, no bolso e também no meio ambiente. O excesso de combustível pode sobrecarregar o sistema de evaporação do tanque, quebrar algo ou até mesmo causar vazamentos.
Por isso, para conservar sua frota de veículos, saiba mais sobre as consequências negativas de completar o tanque além do limite. Acompanhe.
Danos ao veículo ao completar o tanque dos carros de frota
De forma geral, a capacidade máxima em que o tanque pode ser abastecido é 10% inferior à real capacidade. Isso ocorre, pois, quando você adiciona combustível no seu tanque, ele precisa de espaço extra para o vapor expandir. Os veículos são projetados para reduzir as emissões nocivas desses vapores, por meio de um sistema de coleta de vapor, conhecido como “cânister”.
Dessa forma, o enchimento excessivo do tanque pode fazer com que o combustível entre no recipiente de carvão, ou filtro de carbono, que é projetado apenas para vapor, fazendo com que os carvões do cânister se soltem, danificando outros itens mecânicos. Dessa forma, o desempenho do seu veículo é comprometido, ou seja, ele passa a funcionar mal até que o motor seja afetado.
Além disso, como o excesso de combustível é enviado para o compartimento de evaporação, o material de que ele é feito pode se deteriorar, e a sua substituição pode sair caro para o bolso.
Completar o tanque afeta a sua receita
Geralmente, as bombas de combustível têm um sistema de recuperação de vapor que, quando o tanque está cheio, os vapores são sugados, evitando que eles escapem para o meio ambiente.
Dessa forma, qualquer excesso de combustível bombeado para dentro do tanque do veículo que você já pagou pode acabar sendo sugado de volta para os tanques de armazenamento do posto. Em uma frota de veículos, essa perda tende a se transformar em um custo oculto, drenando o seu dinheiro.
Essa prática é prejudicial para as pessoas
Com o tanque cheio além do limite, é possível que ocorra derramamento do combustível para fora do veículo, causando efeitos nocivos para o meio ambiente e para a saúde das pessoas. Além disso, se você danificar permanentemente o sistema de recuperação de vapor do seu carro, ele não poderá fazer o seu trabalho de proteger o ambiente de vapores nocivos.
Constituinte do petróleo, o benzeno é encontrado na gasolina e é, sabiamente, um composto cancerígeno. Estudos demonstram que pessoas expostas a ele podem desenvolver leucemia mieloide, uma doença que afeta a formação de células vermelhas do organismo.
Além disso, a simples inalação do benzeno pode causar sonolência, enjoo, aceleração do ritmo cardíaco, cefaleia, tremor, confusão mental e inconsciência.
Completar o tanque dos carros além do limite é proibido por lei
Em São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal, por exemplo, já há leis específicas proibindo a prática de completar os tanques além do limite.
A Portaria do Ministério do Trabalho nº 1.109/2016, publicada no Diário Oficial da União, inclui uma norma regulamentadora sobre a exposição ao benzeno em postos de combustíveis. Entre os requisitos mínimos de segurança está a importância do sistema de desarme automático na bomba de combustível, para que essa substância não seja liberada no meio ambiente, causando contaminação de pessoas e animais pelo benzeno.
Felizmente, a prevenção desses problemas é muito simples. Basta orientar os motoristas de sua empresa para pedirem ao frentista para não continuar enchendo o tanque após o travamento automático da bomba de combustível.
E então, quer conferir mais dicas para melhorar a gestão da sua frota de veículos? Continue acompanhando nosso blog para mais novidades e até a próxima!