Modelo Queijo Suíço e gestão de frota: o que você tem que saber?

Modelo Queijo Suíço e gestão de frota: o que você tem que saber?

Você já parou para pensar que por trás de um acidente não existe um único erro, mas sim uma série de falhas menores que são as verdadeiras responsáveis por ele? Essa perspectiva, que pode ser adotada na gestão de frota, é conhecida como Modelo Queijo Suíço.

Esse modelo consiste na analogia feita com múltiplas fatias de queijo suíço, dispostas lado a lado, como barreiras à incidência de erros. Algumas vezes, os buracos do queijo acabam se alinhando, de forma que o erro ultrapassa as barreiras e gera o dano final.

Mas, afinal, como essa teoria pode ser utilizada na gestão de frota? A seguir, saiba mais sobre o Modelo Queijo Suíço para que você possa se atentar a possíveis “furos” nos processos e implementar soluções efetivas para minimizar riscos em sua operação. Acompanhe a seguir.

O que é o Modelo Queijo Suíço?

Em 1990, o PhD em Psicologia James T. Reason propôs a teoria mundialmente conhecida como The Swiss Cheese Model, ou Modelo Queijo Suíço. O modelo coloca lado a lado diversas fatias de queijo, fazendo uma analogia à prevenção de acidentes.

Por mais que a barreira possa parecer sólida, as fatias do queijo possuem furos que, quando alinhados, permitem que os acidentes ocorram, gerando danos à operação do negócio.

Analisando essa ferramenta de gestão de riscos, podemos entender que cada fatia do queijo representa uma etapa do processo e seus furos representam as suas falhas. Os acidentes acontecem quando os furos se alinham, ou seja, quando a falha de uma etapa encontra outra e depois outra e assim por diante, podendo resultar em um grave problema de maiores proporções.

Colocar essa teoria em prática na gestão de frota consiste em analisar as “fatias” do processo e seus respectivos “furos” para dificultar o alinhamento e agir proativamente para prevenir falhas.

Quais os conceitos do Modelo Queijo Suíço?

A teoria de James Reason foi construída após a análise aprofundada a respeito da natureza dos acidentes. A sua pesquisa é sustentada nas seguintes hipóteses:

  • De forma geral, os acidentes são causados pela confluência de múltiplos fatores.
  • Os fatores que contribuem para os acidentes podem variar de atos individuais até erros organizacionais.
  • Por trás de um acidente estão fatores latentes que permanecem inativos até que ocorra um gatilho que os fará serem acionados.
  • Os seres humanos são propensos a cometer erros operacionais.

Como aplicar o Modelo Queijo Suíço no seu sistema de gestão de frota?

Para estender as funcionalidades da teoria à gestão de frotas, é preciso entender cada um dos processos como uma fatia de queijo suíço. Assim, a comunicação com os motoristas é uma fatia; o programa de segurança é outra fatia; o checklist de veículos também é uma fatia, e assim por diante.

Dessa forma, se houver uma falha em qualquer uma das fatias, você terá um furo. E, se os furos se alinharem, a tendência é que o problema se agrave e resulte em um acidente ou outro problema que afetará a sua operação. Exemplificando, se a comunicação a respeito da importância da segurança não for efetiva, o checklist dos veículos pode ser negligenciado resultando em uma fatalidade.

O Modelo Queijo Suíço não possui uma regra universal a ser seguida. A ideia é utilizá-lo para melhorar a segurança geral da gestão de frota, reduzindo riscos e prevenindo acidentes.

Para que isso se torne uma realidade, é preciso chegar até a raiz dos erros, ou seja, mapear comportamentos de riscos que possam resultar em acidentes.

Quem trabalha com gestão de frotas sabe que alguns acidentes podem acontecer no dia a dia das operações do negócio. No entanto, agir proativamente e tentar estabelecer uma cadeia de fatores relacionada aos comportamentos de riscos é a melhor maneira de agir preventivamente.

Como vimos, o Modelo Queijo Suíço permite uma análise de falhas e acidentes que podem ocorrer em função de gargalos em seus processos e em sua operação. Portanto, esse é um instrumento que funciona muito bem para prevenir riscos na gestão de frota, já que, ao estruturar as causas desses riscos, é possível adotar ações mais efetivas e sistêmicas e fortalecer os processos.

E você, já conhecia o Modelo Queijo Suíço e como ele pode favorecer a gestão de frota? Ficou com alguma dúvida sobre o tema? Deixe sua mensagem nos comentários.

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