Nos próximos anos, a direção autônoma é uma das tendências que devem se fazer presente na gestão de frotas. Afinal, a tecnologia utilizada nos carros autônomos vem avançando.
Na operação das frotas, esse tipo de inovação promete trazer benefícios para elevar o padrão de segurança, unindo o cuidado e a experiência humana com a capacidade técnica e a precisão das novas tecnologias.
Np entanto, para que os automóveis 100% autônomos se tornem parte da rotina, alguns estágios de desenvolvimento e evolução terão que ser vencidos.
Neste artigo, entenda o que é direção autônoma e conheça seus níveis. Boa leitura!
O que é direção autônoma?
A direção autônoma é a capacidade de um veículo executar tarefas de condução de modo independente.
A partir da integração de tecnologias como câmeras, radar, inteligência artificial (IA), sensores e sistemas de navegação, controle e direção, diversas atividades típicas no trânsito podem ser realizadas sem a intervenção humana. Em determinados casos, até mesmo a tomada de decisões.
A tendência é que, nos próximos anos, veículos com condução autônoma de níveis mais avançados sejam utilizados em diversas áreas, como transporte, serviços de entrega e entretenimento.
Com isso, espera-se que eles também tenham um papel importante na inclusão e acessibilidade de pessoas que não conseguem conduzir um veículo convencional.
Quais são os níveis de direção autônoma?
A Sociedade dos Engenheiros Automotivos (SAE) estabeleceu uma escala abrangendo desde veículos totalmente manuais até os completamente autônomos. Veja abaixo.
Nível 0 – sem automação
O nível 0 se refere a um veículo que não possui tecnologia de condução autônoma. Nesse caso, o motorista é totalmente responsável por operar o veículo, incluindo as atividades de direção, aceleração, frenagem, estacionamento e qualquer outra manobra necessária para mover o carro em qualquer direção.
Assim, estão no nível 0 a maior parte dos veículos ativos hoje nas vias. Isso porque eles são controlados manualmente. Em outras palavras, sua condução depende do ser humano para ações e decisões.
Nível 1 – auxílio ao motorista
O nível 1 é o mais baixo e simples de automação. Muitos dos veículos em circulação atualmente podem ter essa classificação.
Isso engloba veículos com alguns recursos de automatização, como o Controle de Cruzeiro Adaptativo (ACC). Eles podem ser utilizados pelo motorista para auxiliá-lo em tarefas específicas da condução do veículo, mas dependem do profissional humano para operar.
Por esse motivo, esse nível é conhecido como de assistência ou auxílio ao condutor, contribuindo para tornar alguns processos pontuais de sua rotina mais simples, fáceis e seguros.
Nível 2 – automação parcial (semiautomação)
No nível 2, há presença de sistemas mais avançados de assistência ao motorista. Fazem parte desse nível os veículos que podem controlar tanto a direção quanto a aceleração/desaceleração.
Ainda assim, é necessário haver um motorista, que pode assumir o controle do automóvel a qualquer momento. Ele precisa estar atento constantemente para imprevistos e situações de risco.
Os recursos de Controle de Cruzeiro Adaptativo (ACC), assistência de faixa e frenagem automática de emergência estão incluídos e podem ser acompanhados, por exemplo, por direção com viva-voz, reconhecimento automático de sinais de trânsito, detecção de ponto cego e estacionamento automatizado.
Alguns veículos oferecem, inclusive, recursos de visão noturna, que aproveitam a imagem térmica para identificar pessoas ou outros objetos que, de outra forma, não teriam boa visibilidade no escuro. O sistema Tesla Autopilot é classificado como de direção autônoma de nível 2.
Nível 3 – automação condicional
A direção autônoma de nível 3 inclui veículos com capacidade de detecção ambiental, o que permite a tomada de decisões de maneira automática.
Na prática, essa autonomia permite que o veículo acelere, freie, vire, estacione, respeite sinais de trânsito, entre e saia de uma rodovia e mantenha uma velocidade e distância seguras de outros veículos.
Isso é feito por meio de uma rede complexa de sensores, processadores e algoritmos, que gerenciem grande parte da experiência de condução do veículo.
Contudo, certas circunstâncias, como a passagem por zonas complexas ou locais de acidentes, podem exigir que o motorista intervenha por questão de segurança.
Portanto, nesse caso, segue sendo necessário que o condutor permaneça alerta e pronto para assumir o controle se o sistema não for capaz de executar a tarefa ou o movimento.
Nível 4 – alta automação de direção
O veículo classificado como de nível 4 não exige interação humana na maioria das circunstâncias, podendo operar sozinho e tomar decisões a partir de sua inteligência artificial. No entanto, um profissional humano ainda tem a opção de agir com comandos manuais e assumir a direção se desejar.
Apesar do alto nível de operação autônoma possível, esse tipo de condução só pode ocorrer dentro de áreas limitadas até que a legislação e a infraestrutura evoluam.
Afinal, pode ser desafiador esse tipo de operação em condições mais atípicas, quando há presença de óleo ou de resíduos na pista, dificultando a adaptação do veículo.
Nível 5 – automação plena
Por fim, no nível 5, os veículos são completamente autônomos, assumindo todas as atividades de condução e tomando as decisões necessárias. Com isso, eles são capazes de trafegar sem intervenção humana.
Por esse motivo, os carros podem ter uma configuração diferente da habitual, sem volante e pedais, por exemplo. O motorista se torna um passageiro, que pode dar comandos de voz para ativar o sistema do veículo.
Atualmente, carros totalmente autônomos estão passando por testes em várias partes do mundo. Mas, para o público, eles ainda não estão disponíveis no mercado.
O conteúdo foi útil para você? Então, leia também o que é um carro autônomo e quais são as suas vantagens e desvantagens!