Seja por desconhecimento ou pela novidade, existem vários mitos e verdades sobre o GNV. O gás natural veicular ou GNV é um combustível alternativo, composto principalmente por metano, que é armazenado sob altas pressões (mantendo-se em sua forma gasosa). Assim como a gasolina, produz potência do motor quando misturado com ar e alimentado na câmara de combustão do motor.
Trata-se, portanto, de uma opção considerada mais verde do que os combustíveis tradicionais e que apresenta vantagens associadas. E, assim como qualquer outro combustível, também apresenta pontos negativos a serem considerados antes de escolhê-lo para a sua frota.
Por isso, é fundamental distinguir o que são mitos e verdades sobre o GNV. A seguir, você poderá esclarecer suas principais dúvidas sobre o assunto. Continue a leitura e saiba mais sobre o que é fato ou fake envolvendo o gás natural veicular.
1. GNV estraga o motor?
Mito. Na verdade, por ser um combustível gasoso, a tendência é de que ele não agrida as partes internas do motor dos veículos.
Além disso, ele promove menos resíduos prejudiciais a esses elementos, o que contribui para prolongar a sua vida útil.
2. GNV estraga o cabeçote?
Mito. No entanto, é preciso fazer algumas ressalvas. O gás natural veicular apresenta uma queima mais suave e limpa do que outros tipos de combustíveis. Isso pode resultar em menos desgaste das partes internas do motor, como o cabeçote.
Entretanto, é verdade que esse componente pode apresentar microfissuras e defeitos causados pelo acúmulo de temperatura e pelo aumento da pressão no sistema do motor em veículos a gás.
Isso, porém, não é regra, e tende a não se tornar problema especialmente nos carros mais modernos que são projetados com soluções para esse tipo de situação.
3. GNV desvaloriza o veículo?
Verdade. Aqui também, entretanto, não é uma verdade absoluta. É fato que a conversão pode realmente levar a uma desvalorização que, conforme especialistas, pode atingir entre 15% e 20% no momento da venda ou troca por outro veículo para a frota.
Isso acontece por fatores como:
- com a conversão, há uma modificação do veículo (que, então, passa a não ser mais original de fábrica);
- há um aumento no peso do veículo com a conversão o que demanda uma redução na sua capacidade de carga para não causar sobrecarga nos pneus e na suspensão;
- com a instalação do cilindro de armazenamento do gás, que acontece normalmente no porta-malas, ocorre também uma perda de espaço ali, o que também pode resultar em diminuição de espaço disponível para carga;
- em determinados casos, a opção pelo gás natural veicular pode estar associada a uma pequena redução na potência do motor do carro, o que se torna mais evidente em modelos com motores menos robustos ou em momentos que demandam acelerações mais intensas em sua condução.
É importante considerar, porém, que há um público crescente interessado por veículos movidos a combustíveis alternativos, o que pode, para determinadas pessoas ou empresas, levar a uma valorização e priorização dessas opções em revendas.
4. Veículos movidos a gás não são seguros?
Mito. Tanto o combustível quanto o sistema de fábrica dos carros movidos a GNV são seguros, assim como os modelos convertidos conforme as normas. Para isso, como ocorre nas demais opções, é fundamental manter a manutenção em dia, é claro.
Quando o assunto são mitos e verdades sobre o GNV, essa deve ser a crença equivocada mais comum. É importante, porém, ter em mente que essa é em si uma alternativa segura. Entre os motivos para isso, estão:
- o GNV apresenta densidade menor do que o ar que respiramos, sendo, portanto, mais leve do que ele. Já combustíveis como diesel e gasolina são mais pesados do que o ar, acumulam-se no solo, o que pode gerar risco de incêndio. Já se ocorrer um vazamento de GNV, o gás se dispersará rapidamente e se dissipará;
- os sistemas de gás natural veicular têm válvulas de segurança para bloqueio de movimentação do combustível em situações como o rompimento da tubulação ou do seu compartimento de armazenagem;
- o GNV conta com uma faixa de inflamabilidade menor do que outros combustíveis;
- os tanques desses modelos são projetados, fabricados e aprovados sob altos padrões de segurança.
5. O GNV é uma alternativa sustentável?
Verdade. O GNV é um gás natural e produz menos gases de efeito estufa do que a gasolina e o diesel. Assim, os veículos movidos a gás têm reduções significativas nesse comparativo em termos de emissões de CO2 na atmosfera. De acordo com especialistas, essa alternativa é 15% menos poluente do que o etanol e conta com emissão reduzida em 20% em relação à gasolina.
Outro ponto que colabora para ser considerado mais sustentável é que ele não é corrosivo, o que aumenta a longevidade das velas de ignição. Com isso, devido à ausência de qualquer teor de chumbo ou benzeno no GNV, elimina-se a contaminação por chumbo das velas de ignição e a poluição por chumbo ou benzeno.
E mais: como o GNV é transportado por meio de gasoduto, sua utilização contribui para diminuir a demanda por combustíveis como a gasolina, cujo transporte é feito por caminhões, gerando emissões de gases nocivos.
6. O gás natural veicular é uma alternativa econômica?
Verdade. Em comparação com outros combustíveis optar pelo GNV pode gerar economias ao longo do tempo. Um levantamento feito pela Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) aponta que o gás natural veicular rende até 60% a mais do que a gasolina, o que representa também uma redução nos custos de abastecimento.
Além disso, há diversas cidades que contam com programas de incentivo fiscal — como desconto no IPVA — para veículos movidos a GNV, o que pode diminuir ainda mais os custos de manter essas alternativas em sua frota.
Entretanto, é preciso também considerar que há custos diferenciados ao optar por uma frota própria com veículos a gás, como:
- a instalação dos kits de conversão;
- as revisões do cilindro;
- o registro de alteração de combustível no Detran;
- as vistorias anuais obrigatórias.
Uma alternativa para isso é optar pela terceirização da frota de veículos GNV ou, ainda, terceirizar veículos e fazer a neutralização de seus impactos ambientais.
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