Embora a reforma de pneus seja uma prática há muito tempo utilizada, ainda persistem dúvidas sobre isso, em especial, no que se refere à questão da segurança. Afinal, os veículos são parte central de qualquer operação de frota.
Neste artigo, entenda o que é, como funciona e se vale a pena investir na reforma de pneus. Boa leitura!
O que é reforma de pneus?
Trata-se do processo ao qual pneus usados são submetidos para prolongar sua vida útil por meio da reutilização da sua carcaça. Para isso, são adicionados novos elementos de borracha à parte externa, renovando sua banda de rodagem.
Quais são os tipos de reforma de pneus?
Há três tipos de reforma de pneus, por isso, consulte um especialista para garantir a segurança e a performance adequada. Afinal, não é qualquer pneu usado que pode ser reformado. Veja abaixo.
1. Recauchutagem
A recauchutagem do pneu se dá a partir da substituição da banda de rodagem desgastada e, também, dos ombros laterais, proporcionando novamente estabilidade, aderência e tração adequadas.
Esse tipo de reforma do pneu é indicado quando a sua carcaça está em boas condições, mas sua banda de rodagem apresenta desgaste e precisa ser substituída.
É importante destacar que esse procedimento deve ser feito somente após uma avaliação de empresas autorizadas pelo nstituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Assim, você garante que as normas e requisitos técnicos de segurança e de uso de materiais estão sendo seguidos.
2. Recapagem
Em 2017, segundo a Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR), a recapagem foi o tipo de reforma de pneu mais realizado no país, especialmente por ser uma opção mais acessível.
O processo é semelhante ao da recauchutagem, mas com algumas diferenças. Isso porque somente a banda de rolagem desgastada pelo contato com o solo é substituída, mantendo a carcaça original.
Para isso, é feita uma limpeza na parte externa da carcaça e demais procedimentos, que incluem a raspagem e o envelopamento da banda de rodagem. A recauchutagem pode ser feita a quente por vulcanização e a frio numa temperatura de até 115°C.
Novamente, é fundamental que esse tipo de reforma de pneu seja feito por empresas especializadas. Elas adicionam suas informações de reformadoras e do processo de recapagem, mantendo os dados de identificação originais do fabricante do pneu.
3. Remoldagem
Também conhecida como remold, essa é uma reforma mais completa. Nesse caso, há substituição tanto da banda de rodagem quanto de seus ombros e da superfície dos flancos laterais. Um equipamento específico é utilizado para tirar a camada desgastada de borracha e para aplicar uma nova.
No entanto, caso haja danos em sua parte interna, não é possível submeter o pneu a esse procedimento. Será preciso, primeiramente, solucionar tal problema antes de passar o item pela remodelagem.
Essa é uma reforma que altera de maneira mais significativa a estrutura do pneu, mudando as características originais de fábrica. Por isso, a empresa reformadora passa a ser a responsável pelo produto, não mais a sua fabricante. Logo, ela precisa incluir a identificação de marca e a sua denominação comercial.
Esse é um tipo de reforma de pneu menos utilizado. Caso não seja feito num pneu em condições adequadas e por especialistas, pode haver comprometimento da segurança, da eficiência e da vida útil do pneu.
Para que seja considerado qualificado para essa reforma, ele precisa atender a critérios estabelecidos pelo Inmetro:
- ter sido fabricado há, no máximo, sete anos;
- ter selo de garantia de origem;
- ter identificação de conformidade (recebida a partir de testes).
Como funciona a reforma de pneus?
A reforma de pneus funciona como uma alternativa para ampliar a sua durabilidade e recuperar alguns de seus atributos para um uso eficiente e seguro.
Especialmente por questão de redução de custos imediatos em relação a um item novo, essa é uma estratégia bastante utilizada por pessoas físicas e jurídicas no país. A ABR estima que, anualmente, em torno de 7 milhões de pneus de automóveis do país passem por esse tipo de procedimento.
No entanto, para realizá-lo, é indispensável seguir as diretrizes que constam na Portaria nº 433/2021 do Inmetro.
Quantas vezes é possível fazer a reforma de um pneu?
Conforme os critérios estabelecidos pela Portaria nº 433/2021, há um limite para a quantidade de vezes pelas quais é possível submeter diferentes tipos de veículos a esse procedimento:
- automóvel: máximo de três vezes;
- caminhão e ônibus: máximo de seis vezes;
- motos, ciclomotores, motonetas e triciclos: não é possível fazer a reforma de seus pneus.
Cabe lembrar que, ainda que esteja dentro do limite determinado, antes de qualquer reforma, é preciso submeter o pneu a uma avaliação técnica, a fim de verificar se as condições estão adequadas e seguras para o procedimento.
Vale a pena fazer a reforma de pneus?
Isso vai depender de cada caso. Há situações em que a troca por um pneu novo é mais vantajosa e econômica a longo prazo.
Em outras, quando tudo é feito seguindo as normativas e com um parceiro especializado, alguns tipos de reforma de pneus pode valer a pena. Afinal, isso gera redução de custo, além de ser uma alternativa sustentável, já que evita seu descarte.
De acordo com o Inmetro, quando todos os cuidados são tomados, é possível obter o mesmo nível de segurança de um pneu novo com um pneu reformado.
Contudo, caso haja mudanças estruturais, é fundamental avaliar as alternativas com cuidado. Além disso, lembre-se de consultar sua seguradora antes de optar por esse tipo de procedimento.
Outro ponto relevante é investir no treinamento e na orientação dos motoristas para adotar práticas seguras e evitar comportamentos que levem ao desgaste prematuro dos pneus.
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