Há um tema muito presente nas empresas com frotas, mas seu conceito nem sempre é claro para todos: o que é direção perigosa? Tal conjunto de comportamentos deve ser combatido, já que oferece riscos para os motoristas e demais pessoas no trânsito.
Neste artigo, saiba o que é direção perigosa e como evitá-la. Acompanhe!
O que é direção perigosa?
Direção perigosa abrange um grupo de comportamentos de risco adotados pelos condutores no trânsito. Esse conjunto de condutas é descrito no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Elas são infrações que levam a diferentes tipos de penalidades, como:
- multas com altos valores;
- perda de pontos ou até a cassação da CNH do condutor;
- apreensão do veículo;
- suspensão do direito de dirigir do motorista;
- em casos graves, processos judiciais por responsabilidade civil ou criminal com possibilidade de condenação à reclusão.
Quais são os exemplos de direção perigosa?
São exemplos de direção perigosa citados pelo CTB:
- organizar ou realizar manobras perigosas em vias públicas objetivando demonstrar perícia, sem ter autorização das autoridades de trânsito;
- empinar motocicleta;
- participar de disputas não autorizadas nas vias públicas (os \”rachas\”);
- utilizar o celular ao volante;
- circular em alta velocidade;
- fazer arrancada brusca, derrapagem e outras manobras arriscadas.
Como evitar a direção perigosa no trânsito?
1. Forneça treinamento continuamente
Para elevar a segurança e incluí-la como um valor praticado no dia a dia, os treinamentos são muito importantes. Isso porque eles deixam claro o que é ou não esperado e permitido na execução do trabalho, ajudam a tirar dúvidas e a atualizar conhecimentos.
Embora seja obrigatório que as empresas ofereçam curso de direção defensiva a seus motoristas, não é tão efetivo realizá-lo apenas para garantir a conformidade ou ofertá-lo apenas após a contratação ou de forma muito pontual.
O indicado é criar um programa de educação continuada incluindo, entre as capacitações, temas associados à direção perigosa e ao respeito às leis de trânsito e às normas da empresa.
2. Adote tecnologias de telemetria e monitoramento
A adoção de tecnologias de telemetria e monitoramento permite ao gestor de frota obter dados em tempo real sobre a forma de condução dos motoristas, possibilitando o monitoramento de aspectos importantes como:
- velocidade do veículo;
- frenagem e aceleração brusca;
- curvas acentuadas;
- entre outros comportamentos típicos de direção perigosa.
A partir das informações obtidas com a telemetria veicular, o gestor pode atuar no momento exato para evitar acidentes e outros problemas. Além disso, ele obtém acesso a dados precisos para treinar e dar feedback personalizado para cada motorista.
3. Estabeleça políticas de segurança
Por meio do estabelecimento de políticas de segurança, o que é padrão operacional e segue as diretrizes de trânsito e da própria empresa torna-se formalizado e disponível a todos.
Tenha em mente que é importante compartilhá-las tanto durante o processo de integração organizacional dos novos motoristas quanto nos canais de comunicação interna.
4. Implemente medidas para reduzir distrações ao volante
A distração é um dos grandes motivos por trás de comportamentos de direção perigosa. Ela envolve qualquer atividade que desvie a atenção do motorista da tarefa principal de conduzir o veículo em segurança, podendo se manifestar de forma:
- Visual: quando os olhos do condutor se desviam da estrada. Pode incluir olhar para a tela do celular, para um outdoor na rua ou, até mesmo, para um acidente na estrada de maneira prolongada.
- Manual: envolve tirar as mãos do volante. Exemplos incluem enviar mensagens de texto em um smartphone, comer ao volante, ajustar o rádio ou procurar objetos no veículo enquanto dirige.
- Cognitiva: engloba as atividades que desviam o foco mental do motorista. Isso pode ocorrer durante conversas ou devaneios.
Logo, diante das diversas possibilidades de perda da atenção, é importante reduzir os estímulos perigosos, orientar o que fazer nessas situações ou em imprevistos ao volante.
5. Aja proativamente para evitar a fadiga ao volante
Períodos excessivamente prolongados de direção podem levar à fadiga, prejudicando a capacidade do motorista de permanecer alerta e focado no trânsito.
Por isso, é fundamental zelar pelo bem-estar e descanso adequado da equipe, seguindo as diretrizes da Lei do Motorista.
6. Aperfeiçoe o planejamento de rotas
A pressa para cumprir um roteiro em pouco tempo pode fazer com que o motorista opte por comportamentos perigosos no trânsito.
Por isso, crie uma roteirização mais eficiente, a fim de escolher rotas seguras e otimizar o tempo do condutor.
Novamente, tecnologias de telemetria e de gerenciamento de frotas são muito úteis para obter dados históricos e em tempo real para definir as rotas mais rápidas, produtivas e seguras para os motoristas.
7. Implemente KPIs voltados à segurança
Os KPIs (indicadores-chave de desempenho) são essenciais na gestão de frota e, também, são úteis para evitar a direção perigosa. Eles ajudam a quantificar o sucesso em relação à redução de taxas de incidentes e à melhoria da conformidade do comportamento de condução do motorista.
Dessa maneira, é possível aperfeiçoar as operações de frota no geral, a manter a sua equipe sempre atualizada e treinada no que mais precisa e a identificar gargalos e oportunidades para promover uma direção mais segura e defensiva no trânsito.
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